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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Um tempo... Sem saudade!

Na noite escondo o medo No recanto que só eu sei Bebo as lágrimas do segredo Destapo as feridas que não sarei! Deixo de mim, pedaços escritos Memórias que ainda sou refém Amarro a dor, solto os gritos Que só eu ouço, e mais ninguém!   Memórias que me chegam á toa Mas não me importo que ainda doa Pois são restos de uma realidade… A minha mente ainda chora De um passado que escrevo agora   Num tempo… sem saudade!...

Renascer

Hoje, o sol nasceu do poço mais profundo Com luz reluzente para o mundo E mostrou a vida como um jardim em flor… Hoje, cresceu a raiz da certeza em solo seguro Que irá brotar raras pétalas num futuro Com aromas e cores de um poema de amor. Hoje, estranhei o brilho e a força dos versos Caminharei no trilho em compassos certos Como pássaro que se lança do cume de uma colina… Hoje, sinto o perfume dos lírios, rosas e jasmins Rompo a pele num papel de princípios sem fins E no chão dos céus, serei um tempo sem clima. Ontem, aos meus olhos, era tudo tão mais frio Uma triste sombra acorrentada no vazio A cada memória de uma existência entupida… No delicioso labirinto do silencio das estrelas Irei navegar meu rumo, com asas de caravelas   E renascer a cada dia, o resto da minha vida! <3

Este amor...

Este amor por que morro... E se morro sem te conhecer Então não morro, porque nunca vivi. Porque este amor é um sonho Um fogo ofegante que me enlouquece E desperta constantemente Um dilúvio de emoções em mim. É forte... tão forte como as correntes Que passam por debaixo E me afunda os pés Que lentamente se vão arrastando. E vou aos poucos morrendo... Sem que algum dia te tenha conhecido. E vou aos poucos vivendo... Sem que algum dia eu tenha vivido. E vão somente resistindo Constantes e confusas forças De ventos altos e rodopiantes. Podem eles me levar tudo! Sem pés, irei chegar até ti Sem olhos, irei olhar no teu olhar E mesmo sem boca, os teus lábios irei saborear. Se me arrancarem do peito, o coração Ainda assim, irás para sempre Palpitar na minha mente. Já nada me pode trazer mais dor! E aos poucos vou morrendo... E aos poucos vou ficando louco... E se um dia ficar louco E de mais nada me lembrar Então... Levar-te-ei a...

Entre-Mundos

Entre os Mundos Que nos separam E ao longo do percurso Pelo qual caminho Vou levando pela mão Dos meus pensamentos Uma flor A flor que aponta Na ponta de cada dedo O destino A outra metade do Mundo que persigo A outra metade, teu Mundo Que distante... Caminha comigo.

Na Proa De Um Navio

Sonhei de forma intensa! Daqueles sonhos que calam as palavras O sonho da verdade E que faz arrepiar a alma! Pus o sonho na proa de um navio Que por ali passava E o navio se afastava... se afastava Por cima das profundas águas do mar Parecendo ir ao acaso Sem norte em chão raso. Com as minhas mãos trémulas Fui abrindo no meu imaginário Esse mar imenso Com paz, serenidade e calma Para que o sonho pudesse navegar. Ainda sinto as mãos molhadas Das pequenas ondas coloridas E das correntes entrelaçadas Que iam levando para lá do horizonte O sonho, para um lugar incerto. Num corpo totalmente gelado Abraçado por um mar salgado Vai agora morrendo esse sonho Nos corais de um mar deserto. De olhos secos como as pedras De boca cega de água doce E de coração curvado de frio Vai flutuando o meu sonho num mar de feras Perdido e vazio... Na proa de um navio!